quinta-feira, 16 de junho de 2005

Num fim-de-semana Portugal vê desaparecer 3 personalidades.

Vasco Gonçalves, Eugénio de Andrade e Álvaro Cunhal.

Do primeiro pouco sabia e conhecia mas revelou a importância para as pessoas, que na memória tinham o pós 25 de Abril, e o papel que teve na nossa história.

De Álvaro Cunhal para minha geração ficará mais a imagem de líder do PCP, por isso se calhar não tão determinante e forte, como para as anteriores gerações.
No entanto a multidão que acompanhou a cerimónia fúnebre foi impressionante e, revela a importância da sua luta antifascista, o reconhecimento da sua obra enquanto escritor e vida enquanto defensor de uma ideologia.

Eugénio de Andrade escritor, com uma obra importante na literatura, principalmente na poesia.
Teve felizmente reconhecimento pela sua obra em vida, o que não se pode dizer de muito outros artistas, que só após a morte alcançam o mérito.
A cultura fica mais pobre.
Arrastão!

Ainda não percebi esta história!
A notícia rebentou por aí em toda a parte, como 500 indivíduos a provocar um arrastão em Carcavelos. A mim pareceu-me que seria um pouco exagerado, mas as notícias eram nesse sentido, alguns relatos e, mesmo as forças policiais.
As televisões fizeram directos, os jornais manchetes.
No dia seguinte um grupo provoca alguma confusão no Algarve e, Arrastão! Para tristeza de muitos um falso alarme. Mas já se estava à espera. Ou ia dar realmente em tentativas de arrastões por outras praias, pois como bons portugueses, à que aproveitar a oportunidade de negócio, ou a entrada numa praia de mais que 2 ou 3 indivíduos, iria logo ser associada a isso.
Agora verifica-se que o arrastão terá sido um grupo, que não chegará à meia centena, que terá feito alguns assaltos na zona da praia onde se encontravam, misturando-se depois com outros indivíduos que lá se encontravam, quando chegaram as autoridades.
Consequências? A tristeza de ver pelo sensacionalismo que se fez em torno deste caso, a imagem de Portugal lá por fora, associada ao que se passa no Brasil e, que nem por longe se pode comparar. Irá a imagem de Portugal ficar um pouco abalada e, esperamos sem consequências para o nosso Turismo, tão importante aqui para o burgo….
O Tratado Constitucional da UE

Muito se tem falado sobre o não, se deve continuar, o que disse o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O que os referendos mostram é o descontentamento dos cidadãos, com os seus políticos e políticas internas. Parece que poucos terão lido o tratado, e ainda menos serão os que sabem o que lá trata.
O esclarecimento é pouco e os órgãos de comunicação preferem as intrigas e a especulação que o dever que tem de informara as pessoas.
Não fará sentido um tratado só para alguns. Como parece fazer pouco sentido nem todos terem o Euro como moeda.
Por fim já ouvi especular a entrada de Portugal na UE, agora pela data da comemoração da entrada de Portugal. A nossa posição geográfica não permitia outra medida que não fosse a entrada, principalmente face à situação do país à altura da entrada.
Parece que as instâncias da UE, terão que pensar sobre o futuro do tratado constitucional e, provavelmente reformulá-lo ou deixar a ideia de parte algum tempo.
Vamos lá por isto mais ou menos a dia….

O Governo em Portugal tem estado a tomar medidas, que no meu ponto de vista, são acertadas.
Onde o Estado pode controlar a despesa é na Função Pública. É aqui que recai grande parte da despesa. E se custa a qualquer um de nós quando os nossos direitos são postos em causa, é preciso se calhar ter algum sacrifício, para manter o país num rumo certo.
Outra maneira é controlar a despesa na Saúde, Educação, etc., não se compreende, que segundo as estatísticas Portugal seja dos países da EU que mais gasta na saúde, tendo nós as filas de espera que temos, os medicamentos dos mais caro etc.
Parece que em Portugal sempre houve quem, à custa de todos nós, enchesse as contas pessoais sem nunca ninguém tivesse feito nada.
Não soubemos aproveitar os fundos que vieram, ver exemplo da Irlanda, e agora o que temos? Ordenados os mais baixos dos 15, um custo de vida neste momento igual aos dos restantes, vindo a agravar-se com os aumentos dos impostos, nomeadamente o IVA.
Se acredito que mais cedo ou mais tarde, se irá controlar as contas, mais difícil será a subida do poder de compra dos portugueses, sem que isso provocasse igualmente a escalada dos preços.
Esperar para ver…