É preciso ter paciência.....
O que eu mais gosto quando vou para as aulas na faculdade à noite, para além de ouvir os professores, é o momento em que ele vem ter comigo.
Assim que o carro chega ao parque, as suas pequenas orelhas arrebitam, o seus olhos percorrem o parque à minha procura, mas ele não vem ter comigo, não. Primeiro deixa-me sair do carro, agarrar os livros e o caderno com uma mão, na outra a carteira, o telele e as chaves para fechar o carro e, so aí, ele vem ter comigo e educadamente, pede-me: Boa tarde, tem uma moedinha?
Uma moeda? Porque carga de água hei-de arranjar uma moeda? Não me indicou o lugar, não me auxiliou a estacionar, porquê então? Ainda por cima estão lá à entrada, mas às 23 quando se sai nem os vemos.
Este pelos menos tem a vantagem de ser educado e quando não dão também não barafusta.
Porque então de dar moeda, receio que estraguem o carro ou que nos estrageuem a nós. Por pena, pena tenho da minha carteira que fica la com menos uns trocos que ao fim da semana já dá para quase para jantar no Orixá.
No entanto deve ser o emprego do futuro, livre de impostos, ganha-se bem, já que é vé-los nos cafés e lojas a trocar os trocos por notas. Para além de dar para sustentar o vício, seja ele qual for.
Porque não vão trabalhar? As obras têm sempre vagas. Ou como cantoneiros.
Até nos sítios dos parquimetros eles lá estão e aí a pessoa escolhe:
Ou paga ao arrumador para ele não lhe riscar o carro, ou paga o parquimetro para não apnhar multa, dos dois venha o Diabo e escolha.
Já não tenho paciência............